Diferença entre Socialismo e Comunismo com o Filme Olga e um pedaço da participação de Luis Carlos Prestes no Dia 1º de Maio de 1987

quarta-feira, 28 de março de 2012





IMPERDÍVEL... Assistam e podem rir a vontade, pois será impossível assistir isso com seriedade!

sábado, 24 de março de 2012

Neste vídeo, o Filósofo brasileiro Olavo de Carvalho traz a sua opinião sobre a questão "evangélica" acerca do "Pastor" Edir Macedo.

Algumas lutas e revoluções no Brasil

sexta-feira, 23 de março de 2012


Revolta da Vacina

A chamada Revolta da Vacina ocorreu de 10 a 16 de novembro de 1904 na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil.

O início do período republicano no Brasil foi marcado por vários conflitos e revoltas populares. O motivo que desencadeou esta foi a campanha de vacinação obrigatória, imposta pelo governo federal, contra a varíola.



Revolta da Chibata

A Revolta da Chibata foi um movimento de militares da Marinha do Brasil, planejado por cerca de dois anos e que culminou com um motim que se estendeu de 22 até 27 de novembro de 1910 na baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, à época a capital do país, sob a liderança do marinheiro João Cândido Felisberto.

Na ocasião rebelaram-se cerca de 2400 marinheiros contra a aplicação de castigos físicos a eles impostos (as faltas graves eram punidas com 25 chibatadas), ameaçando bombardear a cidade. Durante o primeiro dia do motim foram mortos marinheiros infiéis ao movimento e cinco oficiais que se recusaram a sair de bordo, entre eles o comandante do Encouraçado Minas Gerais, João Batista das Neves. Duas semanas depois de os rebeldes terem se rendido e terem desarmado os navios, obtendo do governo um decreto de Anistia, eclodiu o que a Marinha denomina de "segunda revolta". Em combate, num arremedo de motim num dos navios que não aderiram à Revolta pelo fim da Chibata, morreram mais um oficial e um marinheiro. Esta "segunda revolta" desencadeou uma série de mortes de marinheiros indefesos, ilhados, detidos em navios e em masmorras, além da expulsão de dois mil marinheiros, atos amparados pelo estado de sítio que a "segunda revolta" fez o Congresso Brasileiro aprovar.


Guerra do Contestado

A Guerra do Contestado foi um conflito armado entre a população cabocla e os representantes do poder estadual e federal brasileiro travado entre outubro de 1912 a agosto de 1916, numa região rica em erva-mate e madeira disputada pelos estados brasileiros do Paraná e de Santa Catarina.

Originada nos problemas sociais, decorrentes principalmente da falta de regularização da posse de terras e da insatisfação da população hipossuficiente, numa região em que a presença do poder público era pífia, o embate foi agravado ainda pelo fanatismo religioso, expresso pelo messianismo e pela crença, por parte dos caboclos revoltados, de que se tratava de uma guerra santa.

A região fronteiriça entre os estados do Paraná e Santa Catarina recebeu o nome de Contestado devido ao fato de que os agricultores contestaram a doação que o governo brasileiro fez aos madeireiros e à Southern Brazil Lumber & Colonization Company. Como foi uma região de muitos conflitos, ficou conhecida como Contestado, por ser uma região de disputas de limites entre os dois estados brasileiros.

Tenentismo

O tenentismo foi o movimento político militar que, pela luta armada, pretendia conquistar o poder e fazer reformas na República Velha. Era liderado por jovens oficiais das Força Armadas, principalmente tenentes.
Quais eram as principais propostas do tenentismo?
-- Os tenentes queriam a moralização da administração pública e o fim da corrupção eleitoral. Pregavam a instituição do voto secreto e a criação de uma justiça eleitoral honesta. Defendiam o nacionalismo econômico: a defesa do Brasil contra a exploração das empresas e do capital estrangeiros. Desejavam uma reforma na educação pública para que o ensino fosse gratuito e obrigatório para os brasileiros.
Desiludidos com os políticos civis, os tenentes exigiam maior.
-- A maioria das propostas do tenentismo contava com a simpatia de grande das partes médias urbanas, dos produtores rurais que não pertenciam à oligarquia dominante e de alguns empresários da indústria.
----Principais revoltas tenentistas:
-----Revolta do Forte de Copacabana: primeira revolta tenentista explodiu em 5 de Julho de 1922. Foi a revolta do Forte Militar de Copacabana, que tinha aproximadamente 300 homens. Liderados pelos tenentes, os homens do forte revoltaram-se contra o governo e decidiram impedir a posse do presidente Artur Bernades.
Tropas fiéis ao governo imediatamente cercaram o Forte de Copacabana, isolando os rebeldes. Não havia condições para resistir. Entretanto, numa atitude heróica,17 tentes e um civil saíram para as ruas num combate corpo-a-corpo com as tropas do governo. Dessa luta suicida, só dois rebeldes escaparam com vida: os tenentes Eduardo Gomes e Silqueira Campos. O episódio ficou conhecido como os 18 dos Forte.
---Revota de 1924:Dois anos depois da primeira revolta tenentista, explodiram novas rebeliões tenentistas em região como o Rio Grande do Sul e São Paulo.
Depois de ocupar temporariamente a capital de São Paulo, a tropa tenentista teve que abandonar suas posições diante da ofensiva reação armada do governo.
Com uma numerosa e bem armada tropa de mais ou menos mil homens, os rebeldes formaram a coluna paulista, que surgiu em direção ao sul do país, ao encontro de outra coluna militar tenentista, liderada pelo capitão Luís Carlos Prestes.
----A Coluna Prestes:As duas forças tenentistas uniram-se e decidiram percorrer o interior do país, procurando o apoio do povo para novas revoltas contra o governo. Nascia, assim, a chamada Coluna Prestes, pois as tropas eram lideradas pelo capitão Luís Carlos Prestes.
Durante mais de dois anos (1924 a 1926), a Coluna Prestes percorreu 24 mil quilômetros através de 12 estados brasileiros. Sem descanso, o governo perseguia as tropas da Coluna Prestes que, por meio de brilhantes manobras militares, conseguia escapar das perseguições.
Em 1926, os homens que ainda permaneciam na Coluna Prestes decidiram ingressara no Bolívia e desfazer, finalmente, a tropa.
A Coluna Prestes não conseguiu provocar revoltas capazes de ameaçar seriamente o governo. Mas manteve acesa a esperança revolucionária de libertar o país do domínio da velha oligarquia


Revolução de 1930

A Revolução de 1930 foi o movimento armado, liderado pelos estados de Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul, que culminou com o golpe de Estado, o Golpe de 1930, que depôs o presidente da república Washington Luís em 24 de outubro de 1930, impediu a posse do presidente eleito Júlio Prestes e pôs fim à República Velha.

Em 1929, lideranças de São Paulo romperam a aliança com os mineiros, conhecida como política do café-com-leite, e indicaram o paulista Júlio Prestes como candidato à presidência da República. Em reação, o Presidente de Minas Gerais, Antônio Carlos Ribeiro de Andrada apoiou a candidatura oposicionista do gaúcho Getúlio Vargas.

Em 1 de março de 1930, foram realizadas as eleições para presidente da República que deram a vitória ao candidato governista, que era o presidente do estado de São Paulo, Júlio Prestes. Porém, ele não tomou posse, em virtude do golpe de estado desencadeado a 3 de outubro de 1930, e foi exilado.

Getúlio Vargas assumiu a chefia do "Governo Provisório" em 3 de novembro de 1930, data que marca o fim da República Velha.


Guerra de Canudos

Guerra de Canudos ou Campanha de Canudos, foi o confronto entre o Exército Brasileiro e os integrantes de um movimento popular de fundo sócio-religioso liderado por Antônio Conselheiro, que durou de 1896 a 1897, na então comunidade de Canudos, no interior do estado da Bahia, no nordeste do Brasil.

A região, historicamente caracterizada por latifúndios improdutivos, secas cíclicas e desemprego crônico, passava por uma grave crise econômica e social. Milhares de sertanejos e ex-escravos partiram para Canudos, cidadela liderada pelo peregrino Antônio Conselheiro, unidos na crença numa salvação milagrosa que pouparia os humildes habitantes do sertão dos flagelos do clima e da exclusão econômica e social.

Os grandes fazendeiros da região, unindo-se à Igreja, iniciaram um forte grupo de pressão junto à República recém-instaurada, pedindo que fossem tomadas providências contra Antônio Conselheiro e seus seguidores. Criaram-se rumores de que Canudos se armava para atacar cidades vizinhas e partir em direção à capital para depor o governo republicano e reinstalar a Monarquia.

Apesar de não haver nenhuma prova para estes rumores, o Exército foi mandado para Canudos. Três expedições militares contra Canudos saíram derrotadas, o que apavorou a opinião pública, que acabou exigindo a destruição do arraial, dando legitimidade ao massacre de até vinte mil sertanejos. Além disso, estima-se que cinco mil militares tenham morrido. A guerra terminou com a destruição total de Canudos, a degola de muitos prisioneiros de guerra, e o incêndio de todas as casas do arraial.


Sabinada

A Sabinada foi uma revolta autonomista que ocorreu entre 6 de novembro de 1837 e 16 de março de 1838, na então Província da Bahia, na época do Brasil Império.


Balaiada

A Balaiada foi uma revolta de caráter popular, ocorrida entre 1838 e 1841 no interior da então Província do Maranhão, no Brasil,e que após a tentativa de invasão de São Luís, dispersou-se e estendeu-se para a vizinha província do Piauí. Foi feita por pobres da região, escravos, fugitivos e prisioneiros. O motivo era a disputa pelo controle do poder local. A definitiva pacificação só foi conseguida com a anistia concedida pelo imperador aos revoltosos sobreviventes. As causas foram a miséria promovida pela crise do algodão.


Revolta dos Malês

A chamada Revolta dos Malês registrou-se na noite de 24 para 25 de janeiro de 1835 na cidade de Salvador, capital da então Província da Bahia, no Brasil.

Constituiu numa sublevação de caráter social, de escravos africanos das etnias hauçá, igbomina e Picapó, de religião islâmica, organizados em torno de propostas radicais para libertação dos demais escravos africanos que fossem muçulmanos. "Malê" é o termo que se utilizava para referir-se aos escravos muçulmanos.

Foi rápida e duramente reprimida pelos poderes constituídos.


Cabanada

Cabanada foi a rebelião ocorrida no Brasil entre 1832 e 1835, iniciada logo após a abdicação de Dom Pedro I, ou seja, no período da Regência. Dificuldades financeiras do novo Regime, com o comércio exterior quase estagnado e a queda das cotações do algodão e da cana-de-açúcar, além do privilégio aduaneiro à Inglaterra, em vigor desde 1810, fizeram com que eclodissem diversas revoltas no Império do Brasil nesse período.

O movimento da Cabanada se deu em Pernambuco, Alagoas, e Pará, porém são insurreições diferentes e em locais diferentes. A primeira se trata da revolta em Pernambuco e Alagoas e a segunda na região do atual Pará.

Em Pernambuco, onde também foi chamado de "A Guerra dos Cabanos", a rebelião foi conservadora pois pretendia a volta do monarca português ao trono do Brasil (para alguns historiadores, uma pré-Canudos). Desenrolou-se na zona da mata e no agreste. Teve como líder Vicente de Paula, com seguidores de origem humilde, predominando índios (jacuípes e outros) e escravos foragidos (chamados de papaméis).

Com a morte de Dom Pedro I em Portugal (1834), o movimento deixou de ter razão de existir, e em uma Conferência de Paz com participação do bispo Dom João da Purificação Marques Perdigão, a rebelião terminou. Mesmo assim, os governadores Manoel de Carvalho Paes de Andrade e Antônio Pinto Chichorro da Gama mandaram um exército de 4000 soldados cercarem o local, prendendo centenas de revoltosos.

Já bem antes da revolta começar o bispo Dom João da Purificação Marques Perdigão, estava arrumando um jeito de acabar com ela, pois ele já tinha em mente que iria acontecer isso, estava mais preocupado com como terminar que com como começar.

A insurreição da Cabanagem no Pará foi mais grave, pois foi nacionalista e queria a independência da província. Durou cerca de 5 anos, pacificada pelo Marechal Soares de Andréa, o barão de Caçapava, a custa de vários conflitos sangrentos e execuções dos insurretos.

Ao final da Cabanada, o líder Vicente de Paula foi preso e enviado para a ilha de Fernando de Noronha.


Noite das Garrafadas

A Noite das Garrafadas foi um episódio da história do Brasil Império.

No dia 20 de novembro de 1830, o jornalista Líbero Badaró, que denunciava o autoritarismo do imperador D. Pedro I, é assassinado - e supõe-se que foi a mando do próprio governante.

Em fevereiro de 1831, D. Pedro I viaja para Minas Gerais, sendo hostilizado pelo povo mineiro. No dia 11 de março ele retorna ao Rio de Janeiro, onde encontraram uma grande festa do partido português para o imperador. O partido brasileiro, acompanhando a festa, fica revoltado, pois o país estava em crise. Dando início a um conflito entre o partido português e o brasileiro, feito com pedras e garrafas. Esse episódio teve importância primordial na crise política que resultaria na abdicação de D. Pedro I em 7 de abril.

Textos sobre: Fonte da Juventude, Cocanha e o Reino de Prestes João/ Para os 2ºs Anos Ensino Médio.

terça-feira, 20 de março de 2012





FONTE DA JUVENTUDE

A fonte da juventude é uma fonte que, segundo a lenda, possui águas capazes de rejuvenescer a pessoa que bebê-las.
A história ainda conta que a fonte foi descoberta pelos árabes há muito tempo.
Porém ela foi roubada pelos bárbaros, que, por sua vez, foram amaldiçoados pelo líder da aldeia e o barco onde eles partiram afundou, levando a fonte da juventude junto com eles.
Desde então algumas pessoas acreditam que a fonte, por não ser natural e conter águas muito puras, não foi atingida pelo mar e flutua pelo oceano até que um dia vai bater em alguma margem (se ainda não bateu).
No entanto, alguns historiadores acreditam e ostentam testemunhos de que a fonte se encontra no Ártico, onde a água da fonte concedeu seus poderes às águas do oceano Ártico. Agora, supõem eles, a pessoa que se banhar nua em noites de Lua cheia nas águas mornas da parte do Ártico mais próxima do Pólo Norte será abençoada com a imortalidade.
Outros dizem que a fonte da juventude está em pleno Oceano, em uma ilha ainda não classificada e que se alguem chegue a bebe-la será teleportado para o passado.


COCANHA



A Cocanha é um país mitológico, conhecido durante a Idade Média. Nesta terra mitológica, não havia trabalho e o alimento era abundante lojas ofereciam seus produtos de graça, casas eram feitas de cevada ou doces, sexo podia ser obtido imediatamente de freiras, o clima sempre era agradável, o vinho nunca terminava e todos permaneciam jovens para sempre.. Vivia-se entre os rios de vinho e leite, as colinas de queijo (queijo chovia do céu) e leitões assados que ostentavam uma faca espetada no lombo. O País da Cocanha, ou Cocagne, foi retratado pelo pintor Pieter Brueghel. Cocanha, segundo o critério de alguns analistas do comportamento social, também representou um símbolo para a cultura hippie nos anos finais da década de 60, um lugar onde todos os desejos seriam instantaneamente gratificados.

É interessante como existem alguns outros desses paraísos idealizados por populações postas à margem da sociedade, quase seguindo a lógica de que, se o paraíso oficial não é para nós, criemos o nosso próprio.



REINO DE PRESTES JOÃO

A lenda do Preste João das Índias é muito antiga, pois já Marco Polo a ela se referia no seu diário de viagens. São vários e muito antigos os testemunhos de que existiria no Oriente um rei cristão nestoriano chamado João, cujo império estaria situado na Ásia, segundo uns, ou em África, segundo outros. Os reis cristãos que combatiam o Islamismo fizeram várias tentativas para contactar este importante aliado no Oriente, mas sem resultados. Em 1486, João Afonso de Aveiro trouxe da costa de Benim uns enviados do rei daqueles terras que levou à presença de D. João II. Estes relataram ao rei português que, a vinte luas da costa, onde hoje é a Etiópia, habitava um rei muito poderoso do qual forneceram muitas informações que levaram os cosmógrafos portugueses a dizer que se tratava do Preste João. D. João II escolheu Afonso de Paiva e Pero da Covilhã, que mandou para África como seus emissários. Chegados ao Cairo, separam-se aqui, seguindo Pero de Covilhã até à Índia. Quando este voltou, soube que o seu companheiro tinha morrido. Pero da Covilhã dirigiu-se então à Abissínia, de onde o rei Naú nunca o deixou sair, dando-lhe o governo de um feudo. Impossibilitado de voltar a Portugal, onde tinha família, Pero da Covilhã fundou uma nova família e teve muitos filhos. Tanto na Índia como depois em África, Pero da Covilhã prestou importantes serviços a Portugal, recolhendo uma série de informações que foram cruciais para a presença dos Portugueses naquelas paragens. Os relatos de Pero da Covilhã foram transmitidos ao padre Francisco Álvares, que com ele se encontrou na Abissínia, e que os deixou escritos para a posteridade quando voltou para Portugal. Ao que parece, Preste João nunca foi encontrado, mas a sua lenda e a vontade de o ter como aliado inspirou durante anos muitos Portugueses e motivou uma série de viagens que foram muito importantes na época dos Descobrimentos.

Vídeos relacionados a REVOLUÇÃO RUSSA








Documentário proibido pela Globo feito pela BBC

segunda-feira, 19 de março de 2012

Video do julgamento de um "padre" ...

Edir Macedo ataca Valdemiro Santiago através da sua rede de televisão - Rede Record



Mais uma vez o "Reino de Deus" mostrou-se dividido em mais uma batalha pelo poder e maior numero de membros, o bispo Edir Macedo desta vez utilizou de sua emissora de televisão a Rede Record, não para pregar o evangelho, mas para mostrar os desafetos que tem contra o bispo Valdemiro Santiago, líder da Igreja Mundial do Poder de Deus, igreja na qual nos últimos anos tem crescido de maneira explosiva, deixando a Universal para trás.
Em uma reportagem, apresentada pelo reporter Marcelo Rezende, o Domingo Espetacular, mostrou imagens exclusivas da fazenda do líder da Mundial, além de comparar com vários videos em que mostra o ‘apostolo dos milagres’ pedindo dinheiro, fazendo uma clara alusão do desvio das doações para o bolso de Santiago.
Várias vezes durante a reportagem, o apostolo foi titulado como mentiroso e falso sacerdote… Além das fazendas do apóstolo a reportagem mostrou jatinhos, carros de luxos e helicópteros que seriam do líder religioso.
No final da reportagem, Rezende avisou que a Record continuará investigando o apostolo Valdemiro.

E os fiéis, como ficam diante dessa batalha "do Reino de Deus".



Resumo sobre Pré-História (Paleolítico, Neolítico e Idade dos Metais) / Para os Alunos dos 1ºs Anos

Introdução

Podemos definir a pré-história como um período anterior ao aparecimento da escrita. Portanto, esse período é anterior há 4000 a.C, pois foi por volta deste ano que os sumérios desenvolveram a escrita cuneiforme.

Foi uma importante fase, pois o homem conseguiu vencer as barreiras impostas pela natureza e prosseguir com o desenvolvimento da humanidade na Terra. O ser humano foi desenvolvendo, aos poucos, soluções práticas para os problemas da vida. Com isso, inventando objetos e soluções a partir das necessidades. Ao mesmo tempo foi desenvolvendo uma cultura muito importante. Esse período pode ser dividido em três fases: Paleolítico, Mesolítico e Neolítico.

Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada

Nesta época, o ser humano habitava cavernas, muitas vezes tendo que disputar este tipo de habitação com animais selvagens. Quando acabavam os alimentos da região em que habitavam, as famílias tinham que migrar para uma outra região. Desta forma, o ser humano tinha uma vida nômade (sem habitação fixa). Vivia da caça de animais de pequeno, médio e grande porte, da pesca e da coleta de frutos e raízes. Usavam instrumentos e ferramentas feitos a partir de pedaços de ossos e pedras. Os bens de produção eram de uso e propriedade coletivas.

Nesta fase, os seres humanos se comunicavam com uma linguagem pouco desenvolvida, baseada em pouca quantidade de sons, sem a elaboração de palavras. Uma das formas de comunicação eram as pinturas rupestres. Através deste tipo de arte, o homem trocava idéias e demonstrava sentimentos e preocupações cotidianas.

Neolítico ou Idade da Pedra Polida

Nesta época o homem atingiu um importante grau de desenvolvimento e estabilidade. Com a sedentarização, a criação de animais e a agricultura em pleno desenvolvimento, as comunidades puderam trilhar novos caminhos. Um avanço importante foi o desenvolvimento da metalurgia. Criando objetos de metais, tais como, lanças, ferramentas e machados, os homens puderam caçar melhor e produzir com mais qualidade e rapidez. A produção de excedentes agrícolas e sua armazenagem, garantiam o alimento necessário para os momentos de seca ou inundações. Com mais alimentos, as comunidades foram crescendo e logo surgiu a necessidade de trocas com outras comunidades. Foi nesta época que ocorreu um intenso intercâmbio entre vilas e pequenas cidades. A divisão de trabalho, dentro destas comunidades, aumentou ainda mais, dando origem ao trabalhador especializado.

Idade dos Metais

O período da Idade dos Metais é a última fase da Pré-história. De curta duração, este período vai de 6, 5 mil anos atrás até o surgimento da escrita (por volta de 5,5 mil anos atrás).
Foi um período muito importante, pois o homem pré-histórico fez vários avanços nas técnicas de produção de artefatos. Estes avanços lhes permitiram melhores condições de vida. O conhecimento de técnicas de fundir e moldar os metais trouxe muitos avanços na vida cotidiana do homem pré-histórico.

Trailer do Filme A Guerra do Fogo e o Filme Vivendo entre as feras - Período da Pré-História/ Para os 1ºs Anos.



Video aula sobre Imperialismo - Para os alunos dos 9º Anos (8º Séries) e 3º Séries Ensino Médio

domingo, 18 de março de 2012



Reforma Protestante



Sustentabilidade, utopia do século XXI

quinta-feira, 15 de março de 2012

Utopia do século XXI - Sustentabilidade

Sustentabilidade, um termo tão controverso quanto polêmico. Nos tempos atuais virou propaganda, brecha de mercado, oportunidade de negócios. Apesar de discutível uma coisa é certa, não podemos mais viver assim.

Historicamente o ser humano aprendeu a melhorar seu modo de vida aos poucos, evoluindo durante milênios. A utilização dos recursos naturais foi ampliada de acordo com a evolução tecnologia humana, mas em momento algum foi pensado se essa utilização causava impacto e como esses impactos eram assimilados pelo meio.

Vejamos o exemplo das florestas, a madeira fora o primeiro recurso verdadeiramente explorado, para construção de abrigos, como combustível, como utensílios entre outras coisas. E assim a humanidade passou a retirar e derrubar toda madeira que encontrou pela frente, e depois ainda passou a transformar as áreas antes ocupadas por florestas em monoculturas extensivas.

A vida humana se tornou mais fácil, mas sem perceber chegamos a um ponto onde o planeta não suporta o atual método de exploração. Como dito anteriormente o desenvolvimento sustentável passou a ser uma jogada de Marketing do comercio mundial, se tornou uma forma de ganhar, e os selos verdes (ISO 14000, FSC, e CEFLOR) viraram dinheiro.

Esse pensamento extremista põe em risco um fator importante, o manejo das florestas sejam elas plantadas ou não, é um começo de uma evolução mundial. O pensamento em conservar acabara virando parte de nós humanos querendo ou não.

A simples utilização de florestas plantadas fez com que a própria floresta primária fosse deixada de lado, e apesar de ainda existir supressão, ela torna-se mais reduzida. Outro exemplo de melhorias é que, empresas do ramo de extração florestal, vem em sua política, criando técnicas que minimizam parte do seus impactos. Parece uma exploração camuflada, entretanto é um ganho real na conservação do meio ambiente e dos recursos disponíveis ainda.

O uso sustentável das florestas, as novas técnicas de produção, e o manejo florestal sustentável, podem ser por simples certificações ou por interesses financeiros. O próprio desenvolvimento Sustentável pode ser uma utopia, mas essa evolução, mesmo que pequena, só saberemos se funcionará, se tentarmos mudar as coisas.

Para tudo deve existir um principio, nós só tomamos a iniciativa de mudar quando sentimos na pele essa necessidade.

Resumo sobre Imperialismo e Primeira Guerra Mundial - Para os 9º anos (8º Séries) e 3º Anos do Ensino Médio

quarta-feira, 14 de março de 2012

Na segunda metade do século XIX, países europeus como a Inglaterra, França, Alemanha, Bélgica e Itália, eram considerados grandes potências industriais. Na América, eram os Estados Unidos quem apresentavam um grande desenvolvimento no campo industrial. Todos estes países exerceram atitudes imperialistas, pois estavam interessados em formar grandes impérios econômicos, levando suas áreas de influência para outros continentes.

Com o objetivo de aumentarem sua margem de lucro e também de conseguirem um custo consideravelmente baixo, estes países se dirigiram à África, Ásia e Oceania, dominando e explorando estes povos. Não muito diferente do colonialismo dos séculos XV e XVI, que utilizou como desculpa a divulgação do cristianismo; o neocolonialismo do século XIX usou o argumento de levar o progresso da ciência e da tecnologia ao mundo.

Na verdade, o que estes países realmente queriam era o reconhecimento industrial internacional, e, para isso, foram em busca de locais onde pudessem encontrar matérias primas e fontes de energia. Os países escolhidos foram colonizados e seus povos desrespeitados. Um exemplo deste desrespeito foi o ponto culminante da dominação neocolonialista, quando países europeus dividiram entre si os territórios africano e asiático, sem sequer levar em conta as diferenças éticas e culturais destes povos.

Entre novembro de 1884 e fevereiro de 1885 foi realizado o Congresso de Berlim. Neste encontro, os países europeus imperalistas organizaram e estabeleceram regras para a exploração da África. Na divisão territorial que fizeram, a cultura e as diferenças étnicas dos povos africanos não foram respeitadas.

Devido ao fato de possuírem os mesmo interesses, os colonizadores lutavam entre si para se sobressaírem comercialmente. O governo dos Estados Unidos, que já colonizava a América Latina, ao perceber a importância de Cuba no mercado mundial, invadiu o território, que, até então, era dominado pela Espanha. Após este confronto, as tropas espanholas tiveram que ceder lugar às tropas norte-americanas. Em 1898, as tropas espanholas foram novamente vencidas pelas norte-americanas, e, desta vez, a Espanha teve que ceder as Filipinas aos Estados Unidos.

Um outro ponto importante a se estudar sobre o neocolonialismo, é à entrada dos ingleses na China, ocorrida após a derrota dos chineses durante a Guerra do Ópio (1840-1842). Esta guerra foi iniciada pelos ingleses após as autoridades chinesas, que já sabiam do mal causado por esta substância, terem queimado uma embarcação inglesa repleta de ópio. Depois de ser derrotada pelas tropas britânicas, a China, foi obrigada a assinar o Tratado de Nanquim, que favorecia os ingleses em todas as clausulas. A dominação britânica foi marcante por sua crueldade e só teve fim no ano de 1949, ano da revolução comunista na China.

Como conclusão, pode-se afirmar que os colonialistas do século XIX, só se interessavam pelo lucro que eles obtinham através do trabalho que os habitantes das colônias prestavam para eles. Eles não se importavam com as condições de trabalho e tampouco se os nativos iriam ou não sobreviver a esta forma de exploração desumana e capitalista. Foi somente no século XX que as colônias conseguiram suas independências, porém herdaram dos europeus uma série de conflitos e países marcados pela exploração, subdesenvolvimento e dificuldades políticas.

Conclusão

O imperialismo tem como primícia a obtenção de colônias que garantam recursos para o país dominador. Acontece que até o finalzinho do século XIX e início do século XX a alemanha não era um Estado como o que conhecemos hoje, era uma região formada por povos semelhantes e dividida, enquanto outras nações como a Inglaterra eram Estados fortes com colônias que garantiam sua industrialização, seu desenvolvimento. A Alemanha chegou atrasada nesta corrida imperialista, e outros países já tinham o poder sobre estas "colônias" (Inglaterra - Índia, Hong Kong por exemplo). Grandes empresas, na época de Bismark, se desenvolveram na alemanha, como a Siemens, por exemplo, porém não possuíam territórios para explorar matéria prima e mão de obra, sem contar com a instabilidade política que ainda existia no Estado recém formado. Tudo isso serviu de pano de fundo para a construção de um cenário para a primeira guerra.

Texto para os 2º Anos do Ensino Médio - UTOPIA de Tomas Morus

Utopia – Tomas Morus

Embora Utopia signifique lugar nenhum, ela representa uma ilha com uma comunidade perfeita. O livreto descreve o encontro de Thomas More, seu amigo Peter Gilles, e um velho estrangeiro chamado Raphael Nonsenso no jardim do hotel de More, na Antuérpia. Raphael é um antigo marinheiro que viajou com Américo Vespúcio. Após a morte de Vespúcio, Raphael continuou a viajar para novos lugares, incluindo Utopia.Sua descrição da terra ideal compreende o escopo da estória. Utopia é um lugar onde não há propriedade privada, onde todos trabalham, mas sem exageros. Os moradores de Utopia trabalham por três horas pela manhã e por três horas a tarde com um intervalo de duas horas no meio. Os empregos não dependem da pessoa ser homem ou mulher ou da sua formação anterior. Todos em Utopia vestem uma mesma roupa lisa. Os moradores de Utopia adultos não usam jóias; eles consideram os metais preciosos e as jóias como brinquedos para crianças. Um trecho do livro descreve a chegada de embaixadores estrangeiros. Eles usavam as jóias extravagantes e as vestimentas das cortes européias. Quando eles desembarcaram, eles ouviram, por acaso, as crianças rindo e dizendo: "Olhe para os bebezões". Os embaixadores logo perceberam que os seus jogos de prestígio não iria funcionar em Utopia, e eles tiraram as jóias. Embora nós, como leitores, podemos ser tentados a pensar que estas são as visões idealísticas de More, assim como o personagem de sua história, ele leva um certo tempo para aceitar todo o estilo de vida utopiano.Entretanto, Utopia é um ataque amargo a sociedade do renascimento cristão europeu. Ironicamente, os habitantes de Utopia são pagãos, apesar de que, na prática, eles são melhores cristãos que os cristãos europeus. Em outras palavras, os habitantes de Utopia são pacíficos, amáveis e respeitáveis. É ensinado a cada criança a cultivar a terra e sua educação artística liberal não tem fim em uma determinada idade. Entretanto, More não concorda com todas as práticas dos moradores de Utopia, ele permanece com muitas de suas idéias. Assim, o livro termina com More dando conta de que Inglaterra e Europa jamais irão adotar uma visão utopiana.

Para os Alunos dos 2º Anos Ensino Médio - COCANHA

O País da Cocanha

O professor Jerome Baschet em entrevista ao jornal A Folha de São Paulo [1], com ressalvas comentou sobre a “atualidade” da Idade Média, fazendo um paralelo entre a satanização do presidente George Bush e a “caça as bruxas” praticada pela Igreja nos séculos XVI e XVII, e nos mostrando que não há grandes dificuldades se quisermos pensar que somos também medievais, ou ainda que a presença de certos tipos de fenômenos pode nos mostrar o quanto se deve importância ao estudo deste período.
O Professor também afirmou que a conquista da América foi de certa forma uma expansão do feudalismo, o que nos levaria a alargar cronologicamente o conceito de Idade Média, o levando até o século XVIII. Aqui procuraremos obviamente com mais humildade procurar apenas possíveis reflexos do mundo medieval no moderno, sempre lembrando que o homem de hoje já foi medieval, no sentido do uso comum que se faz deste termo.


[1] Jerome BASCHET, América Medieval; entrevista ao Caderno MAIS, Folha de SP, 17/set/2006.

A inimiga: a fome
Sabemos através de várias fontes que a fome era uma dificuldade enfrentada sempre, quase que de forma cíclica pela população[1], e a natureza era muitas vezes severa sendo uma dificuldade a ser superada pelo homem para garantir a sua sobrevivência[2] e a de seus familiares. O clima temperado, frio, as chuvas fortes eram responsáveis pela pouca incidência de alimentos e consequentemente pelo enfraquecimento sistemático mesmo no sentido biológico da raça humana, sendo normal em escavações o alto numero de restos mortais de pessoas com estaturas franzinas e com deficiência de cálcio, uma característica que durante algum tempo foi quase que um estigma acoplado ao da fome: a subnutrição.
A onda de fome de 1315 alcança um numero de mortos que apesar das divergências em relação a sua exatidão, a historiografia concorda que foram números altos, maiores que a de outras ondas de fome anteriores[3]e marca uma ruptura em um processo de crescimento demográfico que havia lhe antecedido. Em suma, nesse período de breve crescimento demográfico, não cresceu paralelamente a produção de alimentos, e nem o avanço tecnológico necessário para isso[4], o que poderia explicar o surto de fome, que sempre reforça a idéia de se ter uma esperança relacionada a um futuro melhor, em um país imaginário, ou ainda no paraíso propriamente dito, visto que uma vida de sacrifícios era recompensada teoricamente com um lugar no céu cristão.
Sendo assim, já de início podemos estabelecer um anacronismo, que será motivo de óbvia polêmica de fizermos um paralelo com os dias de hoje, encontraremos um reflexo do mundo medieval que mesmo que ao acaso nos chama a atenção se pensarmos em algumas comunidades africanas ou mesmo brasileiras que sofrem com a fome a inanição, a subnutrição e atravessam o século construindo características que se tornam intrínsecas, como os homens-gabirus do nordeste.

A necessidade: a utopia
Segundo Sérgio Buarque de Holanda, as utopias, em qualquer momento da humanidade, agem como um fator progressista realmente eficiente. As utopias tiveram papel fundamental no período das navegações portuguesas. O maior medo dos marinheiros eram os monstros marinhos e as sereias que retratavam os riscos do mar traiçoeiro, porem a gana e a ganância de desvendar os novos caminhos e a esperança de encontrar terras abençoadas com abundancia e prosperidade foram maiores que os temores dos navegadores.
O mito do país da Cocanha provavelmente derivou de tradições muito anteriores a tradição cristã ocidental, e por sua vez serviu de embasamento para varias outras lendas mais atuais que figuram no folclore ocidental. Ao analisar bem, podemos perceber que o 3º mundo vê os EUA como uma espécie de Cocanha, onde a prosperidade é quase inevitável e a liberdade é total. Por sua vez o governo tenta impor sua “utopia” para todo o 3º mundo, trocando a promessa de uma “democracia” pela legitimidade de seu projeto colonizador e explorador. O mesmo argumento foi utilizado na conquista das Américas, onde o colonizador trocava a engenhosidade e eficiência das armas e ferramentas européias e a graça de louvar o “verdadeiro” Deus pela exploração total da prosperidade dos povos nativos.
Os mitos “Edênicos”, como são chamados os locais paradisíacos idealizados pelo homem (seja a Cocanha, o reino se Salomão, o próprio mito judaico do Éden, o Eldorado ou qualquer outro) são uma fantasia completamente embutida no nosso imaginário atual. Quem não sonha passar as férias em um resort ou um cruzeiro onde o cliente é servido todo o tempo e tem seus desejos realizados em cenários paradisíacos? Tudo tem seu preço.
O que nos parece é que os mitos Edênicos foram criados para antagonizar a eterna dificuldade humana de conviver tanto com o ambiente onde vive quanto com a sociedade na qual está inserido. O grande erro da humanidade foi idealizar a Cocanha em algum lugar longínquo, e não em sua própria casa. A Cocanha, no fundo, representa cada desejo egoísta de cada homem que com ela sonha não um paraíso de igualdade e prosperidade para todos. O próprio mito do Eldorado não passa de uma releitura capitalista do mito da Cocanha, onde o que abunda não são comida e diversão, e sim dinheiro e jóias.
Utilizando essa linha de pensamento vemos o poder que os mitos e utopias tinham e tem até hoje tanto para promover revoluções quanto para manter a “paz social”. É importante lembrar que historicamente a humanidade se organiza de maneira desigual e, a partir do inicio do capitalismo e das sociedades de mercado, ela só prospera em alguns países em detrimento de outros. Enquanto alguns desejarem tudo, não haverá como prover o necessário para todos. Porem, como dito no início, nós dependemos de nossas utopias.

O advento: o Maniqueísmo
Talvez a maior herança que a idade media deixou para os tempos modernos foi o maniqueísmo. Tanto o Deus judaico (Javé) quanto os diversos panteões pagão mostram uma dualidade entre o “bem” e o “mal” muito parecidas com a dualidade humana, que possui uma parte boa e uma má, uma piedosa e a outra cruel.
Durante a idade media a igreja católica promoveu uma verdadeira cruzada para implantar o maniqueísmo na cabeça das pessoas. Por isso foi criado pela igreja um verdadeiro “panteão maligno” que se referia a Satanás e seu exercito de demônios que tentavam a todo instante corromper, macular e finalmente destruir toda a obra de Deus na terra. A figura de Deus foi divida em Duas, e ao Diabo em questão foram atribuídos grandes poderes, o maior deles era o de corromper o ser humano. Com esse argumento a igreja católica perseguiu tudo e todos que eram avessos aos seus dogmas alegando “pacto com o diabo”.
Esse maniqueísmo católico se tornou base para a maioria dos mitos medievais. Afinal de contas, se havia um inferno tão poderoso e ao alcance de todos, também tinha que existir algum paraíso tangível na terra. Algum lugar no mundo onde o homem poderia fugir das tentações demoníacas e se despir de todos os preconceitos e obrigações impostas pela sociedade medieval.
Creio que Deus e todos seus santos
Abençoaram-na e sagraram-na mais
Que qualquer outra região.
O nome do país é Cocanha;
Lá, quem mais dorme mais ganha.

As pessoas lá não são vis,
São pelo contrario, virtuosas e corteses.
Seis semanas tem lá o mês,

Quatro páscoas têm o ano,
E quatro festas de São João.
Há no ano quatro vindimas,
Feriado e Domingo todo dia.

Quatro todos os Santos, quatro natais,
Quatro candelárias anuais,
Quatro carnavais,
E quaresma a cada quatro anos,

O país é tão rico
Que bolsas cheias de moedas

Estão jogadas pelo chão;
Morabintos e besantes
Estão por toda parte, inúteis:
Lá ninguém compra nem vende.

As mulheres dali, tão belas,
Maduras e jovens,
Cada qual pega a que lhe convém,
Sem descontentar ninguém

Cada um satisfaz seu prazer
Como quer e por lazer;
Elas não serão por isso censuradas,
Serão mesmo muito mais honradas.[5]


O ideário medieval criado através da mistura das culturas pagãs européias com os valores impostos pela igreja católica foi a verdadeira base das ideologias atuais. O que seria do ser humano sem as disputas maniqueístas entre judeus, católicos e muçulmanos. Como fazer uma guerra sem convencer ambos os lados de que estão lutando contra o mal? Como sobreviver num mundo tão penoso sem ter a perspectiva de encontrar um lugar justo e prospero para se viver no final? Para que lutar por uma sociedade mais justa e fraterna se os planos demoníacos estão muito além disso? Para que combater algo que não pode ser visto nem derrotado?
Em tempos de miséria e perdição, os mitos ganham uma força extraordinária, levando em seu bojo todas as esperanças das classes desfavorecidas. Porem, como os mitos são em sua essência ilusórios, eles se desfaz como fumaça, deixando toda uma classe órfã de esperanças. Ainda hoje os mitos, de diferentes formas, são utilizados para conter ou provocar tensões sociais. Muitas vezes são utilizados como compensações ou recompensas pela luta empreendida. Como um objetivo que nunca será alcançado.
Na verdade, não há diferenças concretas entre o homem moderno e o homem medieval, na verdade somos quase o mesmo homem, com a mesma crueldade, o mesmo egoísmo e a mesma ingenuidade. A única diferença é que o homem medieval não tinha como comprovar a existência ou inexistência de um reino perdido nos limites do mundo onde há fartura e igualdade só esperando a chegada de quem os encontrar. Nós homens modernos já sabemos que esse reino não existe, mas continuamos crendo nele mesmo assim.


A Cocanha e o Novo Mundo
O País da Cocanha, lugar utópico festivo, onde a comida era abundante e o trabalho não era necessário, onde existiam rios de leite e de vinho, queijos e pães eram obtidos sem dificuldade era não apenas uma utopia strictu sensu, mas um sonho que às vezes era perseguido como real pelos europeus.
Com a descoberta do novo mundo, criou-se uma possibilidade de reprodução do paraíso na Terra, sonho perseguido pelos cristãos, recém saídos da Idade Média e que agora poderiam enfim encontrar a Cocanha, a terra abundante de alimentos, festas, orgias que agora poderia lhe pertencer.
Em referência a esse assunto, temos o clássico de Sérgio Buarque de Holanda, Visão do Paraíso, que se baseava em relatos coevos que procuravam justificar a necessidade de um novo éden, e posteriormente com o fracasso inicial da luta portuguesa contra o continente selvagem, a edenização da América portuguesa dá lugar à satanização, e de Terra de Santa Cruz a Brasil, era então o lugar infernal.[6].Ao encontrar o paraíso, o português nos demonstra o quanto estava à procura dele, pois as noticias de uma terra inóspita, farta em frutos e animais selvagens poderia bem ser a representação do País da Cocanha sendo finalmente realizado concretamente.
Porém, não são esses assuntos que irão nos chamar a atenção, mas sim para o reflexo da Cocanha medieval ainda em período mais tardio, o século XIX.
Em artigo publicado, a Professora Roselys Izabel Corrêa dos Santos [7], nos informa que no período em que se deram as imigrações de italianos para o Brasil a partir do decreto de o Decreto n° 5.663 de 17 de junho de 1874, firmado entre o Governo Imperial Brasileiro e o Senhor Joaquim Caetano Pinto Júnior, que objetivava incrementar a política imigratória para o Brasil, se inseria em um contexto de luta social onde acusavam os trabalhadores de estar em busca da Cocanha, em busca de uma ilusão.
Através do estudo de correspondências entre padres ela nos mostra o quanto o imaginário medieval estava sólido na consciência do homem moderno, tanto daqueles que buscavam imigrar em busca de uma terra de oportunidades, quanto daqueles que alertavam sobre o potencial utópico de tal empreitada.
Nos dias de hoje, seria de se supor que tais lendas já estivessem sido esquecidas ou mesmo substituídas por novas mitologias ou utopias produzidas pela sociedade industrial de consumo de bens materiais. Porém, para confirmar que isso não aconteceu, basta notarmos a presença marcante do universo arturiano, das fabulas de Camelot, de Avalon e todos os seus derivados que fomentam uma cultura de adoradores de filmes, livros, produtos em geral que remetem ao período em que tais lendas foram criadas.
Sendo assim, muitos podem ser os reflexos da Idade Média presente no homem moderno, sendo um assunto de muita demanda e pouco interesse por parte dos historiadores que tem verdadeira ojeriza à relação cause-efeito, ou se preferirem, àqueles que acreditam que o presente em nada deve ao passado, e que as sociedades se reformulam a ponto de não conservar nenhum traço das civilizações ancestrais. A esses fica o lamento e a lembrança de que a divisão cronológica é arbitrária, as vezes necessária, mas não tem o poder de dissociar as épocas recortadas umas das outras, constituindo assim uma espécie tempo linear, irreversível do qual apenas nos cabe observar suas mudanças e analisá-las de acordo com a necessidade do estudo da História.


[1] Hilário FRANCO JUNIOR, A utopia da abundancia: A Cocanha, p.26.

[2] Georges DUBY, Guerreiros e camponeses. Primórdios do crescimento econômico europeu séc.VII a XII.,p.17.

[3] Henri PIRENNE, Historia econômica e social da Idade Média, p.200.

[4] Gerald A.J.HODGETT, Historia Social e Econômica da Idade Média, p125.

[5] Trechos do Fabilau Francês.

[6] Laura de MELLO e SOUZA, Deus e o Diabo na Terra de Santa Cruz.

[7] Roselys Izabel CORREA DOS SANTOS, O País da Cocanha.Emigração Italiana e Imaginário.

Resumo para os alunos das 8º Séries - 9º Anos - REVOLUÇÃO RUSSA

REVOLUÇÃO RUSSA - 1917

Introdução

No começo do século XX, a Rússia era um país de economia atrasada e dependente da agricultura, pois 80% de sua economia estava concentrada no campo (produção de gêneros agrícolas).

Rússia Czarista

Os trabalhadores rurais viviam em extrema miséria e pobreza, pagando altos impostos para manter a base do sistema czarista de Nicolau II. O czar governava a Rússia de forma absolutista, ou seja, concentrava poderes em suas mãos não abrindo espaço para a democracia. Mesmo os trabalhadores urbanos, que desfrutavam os poucos empregos da fraca indústria russa, viviam descontentes com os governo do czar.

No ano de 1905, Nicolau II mostra a cara violenta e repressiva de seu governo. No conhecido Domingo Sangrento, manda seu exército fuzilar milhares de manifestantes. Marinheiros do encouraçado Potenkim também foram reprimidos pelo czar.

Começava então a formação dos sovietes (organização de trabalhadores russos) sob a liderança de Lênin. Os bolcheviques começavam a preparar arevolução socialista na Rússia e a queda da monarquia.

A Rússia na Primeira Guerra Mundial

Faltava alimentos na Rússia czarista, empregos para os trabalhadores, salários dignos e democracia. Mesmo assim, Nicolau II jogou a Rússia numa guerra mundial. Os gastos com a guerra e os prejuízos fizeram aumentar ainda mais a insatisfação popular com o czar.

Greves, manifestações e a queda da monarquia

As greves de trabalhadores urbanos e rurais espalham-se pelo território russo. Ocorriam muitas vezes motins dentro do próprio exército russo. As manifestações populares pediam democracia, mais empregos, melhores salários e o fim da monarquia czarista. Em 1917, o governo de Nicolau II foi retirado do poder e assumiria Kerenski (menchevique) como governo provisório.

A Revolução Russa de outubro de 1917

Com Kerenski no poder pouca coisa havia mudado na Rússia. Os bolcheviques, liderados por Lênin, organizaram uma nova revolução que ocorreu em outubro de 1917. Prometendo paz, terra, pão, liberdade e trabalho, Lênin assumiu o governo da Rússia e implantou o socialismo. As terras foram redistribuídas para os trabalhadores do campo, os bancos foram nacionalizados e as fábricas passaram para as mãos dos trabalhadores.

Lênin também retirou seu país da Primeira Guerra Mundial no ano de 1918. Foi instalado o partido único: o PC (Partido Comunista).

A formação da URSS

Após a revolução, foi implantada a URSS ( União das Repúblicas Socialistas Soviéticas). Seguiu-se um período de grande crescimento econômico, principalmente após a NEP ( Nova Política Econômica ). A URSS tornou-se uma grande potência econômica e militar. Mais tarde rivalizaria com os Estados Unidos na chamada Guerra Fria. Porém, após a revolução a situação da população geral e dos trabalhadores pouco mudou no que diz respeito à democracia. O Partido Comunista reprimia qualquer manifestação considerada contrária aos princípios socialistas. A falta de democracia imperava na URSS.

Os líderes da União Soviética durante o regime socialista:

- Vladimir Lenin (8 de novembro de 1917 a 21 de janeiro de 1924)
- Josef Stalin (3 de abril de 1922 a 5 de março de 1953)
- Nikita Khrushchov (7 de setembro de 1953 a 14 de outubro de 1964)
- Leonid Brejnev (14 de outubro de 1964 a 10 de novembro de 1982)
- Iúri Andopov (12 de novembro de 1982 a 9 de fevereiro de 1984)
- Konstantin Chernenko (13 de fevereiro de 1984 a 10 de março de 1985)
- Mikhail Gorbachev (11 de março de 1985 a 24 de agosto de 1991)

OU VAI OU RACHA!

"E ae CAMBADA!"

Para "adiantar o lado" dos meus alunos começarei a fazer (se possível) no mínimo duas (2) publicações semanais neste meu blog.
Publicações referente aos conteúdos trabalhados com os 9º anos (8º Série), 1º, 2º e 3º Séries do Ensino Médio.
Espero que os textos e os links publicados sejam de interesse de vocês.
Valeu!!!